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domingo, 17 de junho de 2007

Maré do Recife imundando ruas.

Amigos,

Vou começar a relatar o que estamos observando em Recife.
Como uma das duas cidades brasileiras mais vulneráveis ao aumento do nível do mar, já estão acontecendo alguns fenômenos.
Recife é uma cidade de ilhas, rios, pontes, canais, água por todo lado.
O recifense é um povo meio anfíbio, sempre de olho nas marés, no nível da água dos rios, na força das ondas do mar.
Sempre todas as questões da cidade passam pelo nível da água. É água no solo atrapalhando construções, drenagens, saneamento, arborização... É água a ser drenada, é terreno sendo aterrado...
Mas agora há uma intensificação.
Em março, dia de sol, céu azul, vejo o nível da água em um canal perto do Shopping Recife. Se não fosse um meio-fio nas bordas, ele transbordava. Olho a rua ao lado e há poças de água nos locais das caixas pluviais. A água estava voltando por elas e inundando as ruas. Uma rua mais baixa, tinha todo um quarteirão cheio, com a água indo de calçada a calçada, cobrindo quase toda as rodas dos carros estacionados.
A rua seguinte, mais alta, estava seca.
A próxima, que surpresa, cheia de água. Era água morna, escura, com cheiro forte de maré, onde não deixava ver direito a pintura tracejada na pista.
As motos paravam e esperavam, devido à profundidade. Carros, passavam pelo meio da pista, que é mais alto.
Com o tempo, a maré abaixou, o calor foi secando a rua e ficou como se nada tivesse acontecido.
Em abril, novamente o fenômeno.
Agora, de posse da tábua de marés, sei quais os dias e a altura da água e aviso aos amigos e ambientalistas amigos para observarem.
Hoje, dia 13, foi às duas da tarde. Amanhã, dia 14 será às 3 da tarde e sexta-feira, às 4 da tarde aproximadamente.
Atualmente a maré alta está com a lua nova.
Vamos marcar filmar a subida e a descida da água nas ruas.
Mas parece que só eu vejo isso.
O prefeito ignora, o povo não percebe (acho) e fica a preplexidade diante do que está acontecendo e do que precisa ser feito.
Bem, queria compartilhar com vocês esse fenômeno.
Abraços,
Rossana Coelho

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